segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Just a wrong chord in my song

E agora deitada nessa cama desarrumada há mais de dois dias eu me dei conta do quanto sua voz, seu rosto, você todo, dominou a minha mente. A verdade é que eu não sinto a menor vontade de arrumar meu quarto desde quando eu percebi que sempre foi você. Eu não consigo mais me concentrar: É o seu sorriso – que me faz sorrir -, é o seu toque que faz meu coração acelerar, e são seus olhos, principalmente os seus olhos, que me deixam sem fala, sem reação, quase sem ar. E mesmo quando eu achei que tinha ganhado na verdade eu tinha perdido. Porque o rosto que me vinha na cabeça quando eu fechava os olhos era completamente diferente do rosto que eu via quando acordava pela manhã. No fim das contas, o que eu queria mesmo era o seu rosto colado no meu e as suas mãos enroscadas nos meus cabelos. Eu queria ter o gosto do seu beijo na minha boca e a certeza de que cada pontinho brilhante dos seus olhos é meu e das minhas risadas nos momentos mais imprevisíveis. Mesmo quando meu coração aparentemente pertencia a alguém, ele batia por você.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

15 - 16 - 17 - 18

Eu achei que eu fosse ter algo mais legal e super emocionante para dizer hoje, meu último dia com 17 anos de existência. No fim, é só mais um dia, com a diferença de que a contagem regressiva para o começo de mais uma contagem regressiva está super perto de acabar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

The one with the secret

10.

Eu tenho uma dificuldade absurda pra me expressar. Eu posso te amar, mas muito dificilmente eu vou saber te dizer isso ou demonstrar de uma maneira clara. Não que eu não saiba demonstrar, eu tenho medo. Normalmente eu penso mais do que sinto, o que é um grande problema, já que não é todo mundo obrigado a entender esse meu jeito um pouco fechado. O único momento em que eu consigo liberar um pouquinho do que eu sinto é quando eu escrevo, e olhe lá.

-

Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.

domingo, 3 de outubro de 2010

The one with my imaginary life

9.

- 8D
- \o/

-

Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.

Desabafos da madrugada

Que por algum motivo idiota eu acabo compartilhando com o mundo.



Na boa? Cansei. Cansei dos casais perfeitos que acham que estão sempre em crise. Acordem! Vocês tem um ao outro, isso basta! Parem de cobrar atitudes, gestos, palavras. Olhem um nos olhos do outro e vejam que ali está o que vocês precisam pra continuar, e só isso que importa. E coisas que já aconteceram, já aconteceram. As pessoas amadurecem, as relações amadurecem. Parem de sentir tristeza por aquilo que já os fez feliz.

Eu nunca recebi uma carta. Nunca ninguém me achou interessante o bastante pra escrever pra mim, nem que fosse pra falar sobre como a minha piada foi idiota ou como o dia fica mais feliz ao meu lado. Nunca ninguém olhou nos meus olhos e disse ‘eu te amo’. Nunca. E eu sinto falta, de verdade. Eu sinto falta de coisas que não vivi.

Eu fico angustiada quase sempre porque penso que nunca vou encontrar alguém que me diga o quanto o mundo é melhor só porque eu estou nele.

Mas, ao mesmo tempo, eu nunca me senti segura o bastante pra dizer ‘eu te amo’. Mentira. A única vez em que eu fiz isso meu tombo foi tão grande que eu tenho a cicatriz até hoje. Em algum lugar no meio das minhas memórias, mas que pertence a você.

Eu me sinto idiota por pensar nessas coisas e lembrar de você com essa saudades idiota. Porque você simplesmente não merece que eu ainda derrame uma lagrima silenciosa por sua causa. Não merece.

E quando você me olhava meu corpo todo se arrepiava. Eu te encarava por alguns segundos e desviava o olhar. E você sempre conseguia quebrar o momento com alguma frase idiota e insensível. E eu ficava triste por uns cinco segundos, até você falar que eu era uma das pessoas mais importantes na sua vida.

E tinha aqueles momentos que a gente só caminhava de mãos dadas. E só isso. Em silêncio. Porque eu entendia sua dor, e você sabia que eu entendia, apesar de você mesmo não entender o que sentia. E eu sei que eu fazia parte de uma pontinha daquela dor. Mas não por algo ruim que eu tenha feito. É que talvez eu fosse uma das únicas coisas boas na sua vida naquele momento.

Eu não sei o que deu na sua cabeça naquele dia em que você me beijou. Foi totalmente inesperado e tão, tão estranho! Como todas as outras vezes em que a gente não se segurava. Droga, por que você estragou tudo?

Será que algum dia eu vou sentir isso por outra pessoa? Será que algum dia olhar nos olhos de alguém vai ser tão importante quanto olhar nos seus?

Nos seus eu sei que eu nunca mais vou olhar.

Será que você sente a minha falta também? Pensa em mim? E não era pra isso fazer diferença, mas faz.

Por hoje chega. Cansei.

sábado, 2 de outubro de 2010

The one with the things I have to forget

8.   
                          
- O ano de 2004.
- Essa minha obsessão por tentar orgulhar quem não merece meu esforço.
- Someone.

-


Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

The one with the memories

7.

- O Natal de 2000, que eu ganhei a coleção de livros do Harry Potter. Não bem a situação, mas o cheiro, a sensação e tudo o que eu senti na hora. E eu nem conhecia a série ainda.
- Todas as palavras, gestos e conselhos da minha avó.
- Quando eu tinha 5 anos e fiz uma casinha de lego super complexa e quando fui mostrar pros meus pais, ela caiu e se espatifou.
- O porão de uma casa muito antiga onde eu e meu irmão ficávamos assistindo desenho e montando pistas pros carrinhos dele.

-



Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

The one with the people who cares

6.

- Rafaella de Almeida Vasconcellos
- Rebeca Cordellini Emidio
- Thays de Oliveira Gonçalvez
- Vítor Costa
- Daniel Gavira Cembranelli

[Marina Nascimbeni, Roberta Cintra, Isadora Cecatto, Flavio Gonzalez, Saori Futata, Brian Macedo, Gabriel Toffetti, Izabela Bretas, Bruna Nascimento, Fernanda Azevedo, Maria Isabel, Priscila Navarro, L. Priscila Figueiredo, Dayane Navarro, Daniela Navarro.]

-



Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.




-Essa foi a lista mais difícil. Sério.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

The one with the wishes

5.

- Dublar um filme ou desenho animado.
- Tocar teclado.
- Pular de pára-quedas.
- Escrever um Best-seller
- Tirar um MB em matemática.
- Sair dirigindo sem rumo, sem dia nem hora pra voltar, só eu, um caderno e uma câmera fotográfica.

-


Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

The one with the things

4.

- “Não é que eu precise, eu posso muito bem viver bem sozinha, mas eu quero. Chegou um momento em que faz falta.”
- Minha avó, meu avô e o Tiago. Não sei por que, mas eles cruzam minha mente TODOS os dias.
- “Preciso pagar o dentista.”
- “Eu vou sentir falta da GV quando isso tudo acabar.”
- “Conhecê-los foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.”
- “Vou repetir de ano.”
- “Meu Deus, vou fazer 18 anos!”

-

Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

The one with the smile

3.

- Me faça rir.
- Entenda meu jeito um pouco fechado e medroso e o fato de eu não saber – e muitas vezes nem conseguir – demonstrar o que eu sinto.
- Elogie meu sorriso.
- Demonstre que se importa.
- Me olhe nos olhos enquanto fala comigo.
- Seja você mesmo.
- Respeite meus gostos.
- Converse comigo a qualquer hora, sobre qualquer coisa.

-

Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.

domingo, 26 de setembro de 2010

The one with... who?





2.

- Eu faço piadas aleatórias enquanto ando na rua sozinha. E rio de todas elas.
- Eu tenho um segredo que pouquíssimas pessoas conhecem.
- Eu sempre quis pular de pára-quedas, mas...
- Eu tenho medo de altura.
- Eu batuco no mouse com as unhas enquanto mexo no computador.
- Eu realmente esperei minha carta de Hogwarts até os 11 anos.
- Eu tenho esquema pra lavar a louça. (e pra arrumar o quarto, os livros, estudar, escrever...)
- Quando fico muito nervosa, eu tremo e fico gelada.
- Eu fiz todas as listas de uma vez só porque se eu fizesse uma por dia eu acabaria não fazendo.


-





Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.


sábado, 25 de setembro de 2010

The one with the list



1.

- Eu aprendi a não esperar de você.
- Eu não admito, mas sinto sua falta as vezes.
- Você é um dos motivos pra eu querer ser alguém melhor.
- Não sei o que seria de mim sem você.
- O seu olhar é lindo.
- Queria que você estivesse aqui.
- Eu me orgulho muito de você.
- Ei, me passa seu telefone? E seu MSN?
- Obrigada por não me abandonar.
- Você mudou a minha vida.


-


Primeiro dia: dez coisas que você gostaria de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia: nove coisas sobre você.
Terceiro dia: oito maneiras de ganhar seu coração.
Quarto dia: sete coisas que cruzam muito a sua mente.
Quinto dia: seis coisas que você gostaria muito de fazer que ainda não fez.
Sexto dia: cinco pessoas que significam muito pra você.
Sétimo dia: quatro coisas que você nunca esqueceu.
Oitavo dia: três coisas que você gostaria de esquecer.
Nono dia: dois smileys que descrevem a sua vida agora.
Décimo dia: uma confissão.



sábado, 18 de setembro de 2010





Tudo o que eu sei é que era uma festa e que provavelmente tocava música. As pessoas em volta saíram como um borrão bem disforme e desconexo, menos eles. Aqueles dois se abraçavam no meio de toda aquela gente e não acompanhavam ritmo nenhum, só o deles. Eles se beijavam carinhosamente, as mãos dele na cintura dela e as dela nos ombros dele. Eles não dançavam. Eles só estavam ali querendo não estar, querendo qualquer outro lugar sem ninguém pra atrapalhar, em que um pudesse dizer ao outro o quanto se amam. Sem barulho, sem danças, sem ninguém em volta pra atrapalhar. Não que eles se incomodassem com as pessoas – não, naquele momento tudo que importava era olhar um nos olhos do outro e dizer, mesmo que sem falar nada, que o amor que eles sentem é maior do que tudo que eles já imaginaram sentir um dia. Porque no final das contas é isso, não é? "Eu e você, você e eu." E o mundo todo pra assistir.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Condicional


E às vezes bate uma depressão. Não é aquela sensação de total tristeza e morbidez quanto a tudo e todas as pessoas do universo, é só como um beliscão de leve que faz parecer que o mundo está todo de ponta cabeça. De novo. Engraçado esse sentimento de que quando eu me encontro é quando eu me perco e vice-versa. Faz pensar que o mundo é louco e às vezes conspira pra que eu cresça baseada em erros, quase nunca em acertos. Quando tudo que eu queria era ter certeza, a certeza que me é dada é algo tão abstrato e confuso que dá raiva. É um saber não sabendo que simplesmente me tira do sério. Quando tudo que eu queria era uma mão na minha me dizendo no silêncio que tudo vai ficar bem, o que eu tomo é ela mesma em cheio no meu rosto. E eu sei, mas não sei ao mesmo tempo, que aquele tapa não era pra ser um tapa. Era pra ser algum tipo de caricia meio desajeitada. Era.



"Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar." 
Condicional - Los Hermanos



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sem título

E quase sem texto também.




Já passou muito de cinco vezes que eu apago essa primeira linha e começo de novo. E, depois de decidir que a primeira linha vai ser sobre meu fracasso ao tentar escrevê-la decentemente, eu nem sei como continuar na segunda. E agora essa terceira é quase como um grito de socorro por inspiração. Eu sei o que eu quero. Eu sei o que eu quero escrever. Mas por que é tão difícil? Quando eu não tinha nada real, nenhum sentimento além de pura esperança – e um pouco de conformidade, confesso -, parecia muito mais fácil sentar aqui e começar a falar sobre qualquer coisa. Elas até saíam em metáforas e transformavam o texto em algo, sei lá, poético. A real é que eu nunca planejei nada disso, de palavras no papel aos sentimentos novos e turbulentos que tão me tirando do chão quase todos os dias. Mentira, todos os dias.
Eu to tão perdida quanto a tudo que até indecisa quanto ao que passar pra cá agora eu fiquei. E se o texto estiver ficando uma porcaria sem sentido eu não me importo, é um desabafo mesmo. Eu preciso colocar pra fora o que se passa pela minha cabeça, nem que seja pra falar sobre como o seu sorriso me faz sorrir. Clichê, piegas, brega e melosinho vindo de uma pessoa que não gostava de apelidinhos carinhosos e demonstrações fortes de afeto. Mas não me ache uma louca sociopata, eu tinha medo, sabe? Medo de me envolver com as pessoas, medo de transparecer o quanto elas são importantes pra mim. E isso não tem nada a ver com promessas ou remorsos ou qualquer sentimentozinho do tipo. Não, nada disso. É que sabe, de uns tempos pra cá eu venho sendo tão, mas tão feliz que o medo de de repente perder tudo isso e voltar pro meu casulo escuro e solitário acaba tomando conta da situação e não deixando eu me entregar tanto quanto eu gostaria. Eu travo, sabe? É meu jeito. Eu não consigo ser por inteira entregue, mas venho melhorando. E enquanto isso a gente fica nesses meios termos que me confundem e me fazem sentir toda a turbulência dessa minha intensidade reprimida. Eu sei que nossa história (se é que eu posso falar ‘nossa história’) talvez seja confusa e meio do nada. Mas sabe, todas as vezes que você diz que meu sorriso é lindo eu simplesmente esqueço qualquer incerteza e sorrio ainda mais. Porque eu não consigo dizer, mas no fundo no fundo, você é o maior responsável por pelo menos dois terços do tanto que eu sorrio por dia. E eu agradeço, sabe? Agradeço por me preencher com sentimentos bons e verdadeiros ao invés daquela angustia que já andava de mãos dadas comigo há tanto tempo. Por mais confusos que esses sentimentos bons sejam, não deixam de ser bons. Não deixam de me fazer sorrir. Então sabe, chega de pensar pra mim. Chega de raciocinar todos os meus passos e esquematizar todas as minhas atitudes como eu esquematizo as moedinhas em cima da sua escrivaninha. Eu não quero mais pensar nos prós e nem nos contras. Eu não quero mais pensar se eu to fazendo certo ou se eu to fazendo errado. Porque eu sei que, no fim das contas, não importa se tá certo ou errado, o que importa é que sou eu. E o que importa é que é você. O que importa é o quanto eu gosto de enroscar meus dedos no seu cabelo sempre que você senta do meu lado, só porque é gostoso sentir a sua presença ali, comigo. O que importa é o quanto seus olhos brilham quando você dá risada de alguma idiotice que eu faço ou falo. O que importa é saber que você já acorda rindo porque eu sou boba e não consigo controlar meu vício. O que importa é que você acha meu sorriso lindo. Que
você sempre disse que meu sorriso era lindo. 
O que importa é que hoje o meu sorriso é seu.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Day 19



Para Isadora Cecatto



~


Eu sei que nunca escrevi uma carta de verdade pra você, algo que eu pudesse enviar por correio e que fosse realmente chamada de carta. Mas eu tenho dúzias delas espalhadas pelos meus cadernos, sabia? Eu sempre começo a escrever algo pra você aleatoriamente no meio da aula porque, sei lá, dá vontade de falar contigo em vários momentos do dia, mesmo que esse falar se resuma a uma folha de papel. Alias, nada te definiria melhor que várias folhas de papel prontas para serem preenchidas pelas suas palavras sempre tão bem escolhidas e encaixadas. Porque você é isso, sabe? Você é esse livro enorme e cheio de palavras que te definem e não te definem ao mesmo tempo. E até quando parece que não tem nada mais que você possa adicionar (o que também não seria problema nenhum, saber que você entende já me basta, sério), você aparece com uma palavra antiga, mas nova de tão sua. E isso aquece o meu coração, sabe? Porque você é, dentre todas as pessoas do mundo, a que mais me entende e a que mais me dá forças pra seja lá o que eu quiser fazer. 



A questão é que você tá na minha cabeça pelo menos umas 8 horas por dia. Eu não consigo não olhar pra alguma coisa e pensar ‘Caramba, isso é a cara da Isa!’ ou ‘Nossa, preciso contar isso pra Isa!’. E, quando eu chego em casa, você é a primeira pessoa que eu procuro no MSN. Te confesso que antes eu pensava que eu enchia o saco com todos aqueles ISAAAAAAAA exagerados que eu te mandava. É que é um desespero absurdo durante o dia todo, querendo que você estivesse ali do meu lado pra compartilhar os momentos bons e ruins. E seus conselhos são sempre tão certos que me assusta. Eu me vejo em você, entende? Eu vejo seus princípios e vejo como os meus são iguais ou ao menos próximos e isso me faz feliz. É bom não se sentir um marciano perto de tanta gente comum e sem graça. 


De verdade, eu não sei o que seria de mim sem você. Porque mesmo não estando aqui, você sempre estava. Eu sei que eu nunca corri pra você ou te abracei quando você precisou, e que nunca também a gente riu juntas de alguma cena engraçada do dia-a-dia. Perdi as contas de quantas vezes eu pensei no quanto eu gostaria que você estivesse sentada comigo naquela esquina falando sobre, sei lá, qualquer coisa bem aleatória que eu sei que nós falaríamos. O fato é que você é uma das pessoas que tem mais influencia sobre mim, Isa, e acredite, isso é uma conquista e tanto. E eu tenho certeza que você sabe o tamanho do significado disso, HAHAHA. 
Eu escrevi tanto agora, mas tem tanta coisa que eu ainda gostaria de falar. Eu queria falar de como eu tenho certeza que você já foi parte de alguma vida passada, de como a nossa ligação é de outro mundo, do quanto eu amo saber que você tá bem e do quanto eu gostaria de poder te abraçar todas as vezes que você precisa de um abraço. Mas eu existem coisas que a gente não precisa falar e que eu tenho certeza que você entende.
Só queria que você soubesse que cada abraço seu eu senti, porque você tem o poder de tocar as pessoas com as suas palavras – isso literalmente falando. E a mim principalmente. Cada palavra sua foi como um abraço, um ombro, uma mão ou um sorriso pra mim, Isa.


Você tem as minhas palavras, Isa. E pode ter certeza de que elas vão sempre estar com você. Assim como eu tenho certeza que as suas sempre vão estar comigo, seja no meu pensamento o tempo todo ou como uma tatuagem no meu coração.


Certas coisas são eternas.
~




"ME ASSUSTA o quanto a gente se parece oihahioahoia
se eu não to sentindo as coisas na mesma hora que você, eu lembro 
imediatamente de um momento em que já senti."

"siiim
engraçado é que meu
eu penso em você TODOS OS DIAS, acredita?
tipo, me preocupo contigo
ou penso 'nossa, preciso contar isso pra isa!'"

"eu também! mesma coisa."






segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Aqueles corredores...


Eu teria muitas coisas pra falar sobre a GV. Eu poderia dizer que foi a GV que me tornou tudo o que eu sou hoje e que tudo o que eu aprendi aqui dentro eu não aprenderia em nenhum outro lugar. Mas o que eu posso dizer mesmo é que foi na GV que eu conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida. Seja dentro da sala de aula, seja no pátio, seja na porta da escola depois da aula. Foram vocês que fizeram todas as minhas manhãs e todas as minhas tarde felizes e foram vocês os responsáveis pela minha alegria. Quando estávamos sentados no corredor de eletrônica e eu comecei a chorar de saudades antecipadas, eu imaginei como seria não ver aqueles corredores mais e como seria só vê-los aos finais de semana. E ao mesmo tempo eu fiz planos e imaginei nossos filhos estudando juntos. Hoje eu não choro mais ao dizer que em quatro meses aqueles corredores farão parte apenas da minha memória e que aqueles bancos, os nossos bancos, provavelmente receberão novos habitantes. A GV está presente em cada momento da minha vida, porque a minha GV é vocês. Obrigada, amigos, por fazerem meus dias os melhores. Eu amo muito vocês.

sábado, 31 de julho de 2010

Day 6


 For a stranger.

Pra alguém que me abordou na porta da minha casa às duas da tarde de ontem.

~

Estranho eu estar escrevendo sobre você, já que o único contato que tivemos foi quando você me mostrou a arma e roubou meu celular em seguida. Mas sei lá, alguma coisa na sua expressão me fez pensar que talvez, quem sabe, você não fosse alguém tão ruim. Talvez fossem as drogas apenas. Talvez seja minha mania de ver o lado bonito das coisas, por mais que você tenha roubado meu celular e eu o esteja xingando eternamente hoje. Naquele momento em que eu parei pra tentar reaver pelo menos o chip e você olhou pra mim de uma maneira indecisa foi que eu percebi que talvez o mal não esteja contigo o tempo todo. Porque eu estava sendo uma pessoa idiota, você armado e eu querendo argumentar. Mania estúpida de achar que a conversa vence tudo. Você podia ter simplesmente sacado a arma e atirado em mim. Ou podia ter me batido também, apesar da presença do Flavio ali. Mas você não o fez. Você ainda tentou me devolver o chip. E eu não sei por que isso fica rondando a minha cabeça, por que eu acho isso uma atitude de uma pessoa boa. Porque, caramba! Ainda assim você levou meu celular embora, com todos os meus arquivos e mensagens e fotos e, pior, todos os meus créditos eternos!
Não dá pra entender. Ao mesmo tempo que eu sinto uma raiva gigante de você eu também sinto uma pontadinha de compaixão. Essa vida deve ser foda. Esse vicio deve ser foda. Me pergunto onde você está agora, provavelmente se drogando em qualquer beco escuro por aí. Ou talvez você não esteja mais por aqui. O que me choca é ver como as drogas acabam com a vida de uma pessoa e saber que talvez sem esse vicio você pudesse ser alguém bacana.
Nossa, olha o que eu to falando. Eu to sentindo compaixão pelo cara que roubou meu celular! Eu devo ser idiota mesmo. E isso me dá vontade de rir, ao mesmo tempo.
Sei lá, só queria dizer que eu te perdôo, vai. Perdôo você por ter roubado meu celular, pela arma que você usou pra me ameaçar e por não ter tirado meu chip quando eu pedi. Até agradeço por não ter sacado aquela coisa e atirado em mim, de verdade.




Mas procura ser alguém melhor, cara. Você não é do mal. É sério, procura ser alguém melhor.

sábado, 24 de julho de 2010

Day 21

For someone I juged by their first impression.

Para Flavio Gonzalez



~

Eu te via todos os dias na porta da GV. Você, com os cabelos presos num rabo, chinelos surrados e camiseta do São Paulo. Sua pose intimidava, e eu lembro que sempre tive medo de me aproximar e conversar porque, bom, você já tinha batido em amigos meus (hehe). Eu não gostava muito de você não, te confesso. Achava que você era encrenqueiro por falta de coisa melhor pra fazer e que a sua vida era arranjar briga simplesmente porque você era idiota. A primeira coisa que eu reparei no nosso primeiro contato direto (aquele dia gostoso em que eu tava com a perna engessada e você equilibrou minha muleta no queixo, lembra?) foi na sua língua presa. Ah, vai, não queira me matar! Eu até acho bonitinho quando você fala três mil trezentos e trinta e três! Sei que naquele momento tudo o que eu achava de você caiu por terra. Porque, sei lá, tinha uma doçura enorme na maneira como você falava e tratava os seus amigos. Eu senti vontade de ser tratada da mesma forma, sabe? De saber que mesmo que ninguém se importasse, você se importava.
Agora você faz parte das pessoas que mais importam pra mim e que mais fariam falta na minha vida. Eu não consigo mais imaginar pelo menos um dia da semana sem você lá na porta, ameaçando os bixos com sua pose de machão e me abraçando como se não me visse há duas décadas. Hoje, Fla, quando a gente conversou sobre tudo de uma maneira um tanto quanto resumida e eu te disse que você era foda e que era uma das melhores pessoas que eu conheço, você me disse que não entendia o por quê. E eu sei que não era falsa modéstia. Só que sabe, existem coisas que mesmo não ditas valem mais que mil palavras. Eu não preciso que você fale pra saber o que se passa com você e não preciso que você me diga nada pra eu entender o que você quer dizer. E existe uma coisa dentro de você que simplesmente é exalada por todos os poros do seu corpo: o amor. Blablabla, que coisa clichê e cuti-cuti. Me zoa aí, vai, pode falar que eu sou mimimi. Mas não esquece que você tem muito amor dentro de você, Fla.
Eu não vou deixar você perder a sua fé em si mesmo. Não enquanto eu tiver fé o bastante pra nós dois. Se o peso for muito grande a gente divide, em dois é mais fácil de carregar.
Te amo.