domingo, 31 de maio de 2009

Ciranda


A verdade é que somos apenas crianças numa brincadeira de roda. Me dê a mão, vamos formar um circulo invisível. Isso. Agora “vamos dar a meia volta” e voltar ao inicio de tudo, cometer os mesmos erros, os melhores acertos, as maiores bobagens. Agora eu estou onde você estava e você está no meu lugar, você percebe? E na volta e meia nós estamos nas nossas posições de novo. E ainda assim estamos de mãos dadas.
É como uma brincadeira de roda.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Expectativa

Decepção nada mais é do que uma expectativa frustrada. Isso. Decepção = expectativa frustrada.






Expectativa.






Onde fica o botão pra desligar isso mesmo?

Essas três...

Eu estava nesse blog (alias, obrigada, Pamzinha! Você é linda! ♥), quando tive a idéia. Tenho pensado em muitas músicas ultimamente, e resolvi colocar aqui as que mais mexem comigo nesses tempos. Pensei em um top, mas simplesmente não consigo dar lugares específicos pra elas. E se uma delas fica com ciúmes? Por isso, a ordem das músicas é totalmente aleatória. Haha.
Enfim, vamos lá. o/

Wake up call

“If you needed love
Well then ask for love
Could have given love?
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What's coming now
So don't say a word”

Sério, essa música é, com o perdão da palavra, FODA. O clipe encaixa PERFEITAMENTE com a música, e acho legal o fato dela contar uma história. Sem contar que essa música me passa auto-confiança, haha. Ouçam, depois me digam o que acham! o/

Makes me Wonder

“I still don't have the reason
And you don't have the time
And it really makes me wonder
If I ever gave a fuck about you

Give me something to believe in
Cause I don't believe in you anymore
Anymore
I wonder if it even makes a difference to try
(Yeah)
So this is goodbye”

Essa me faz sentir auto-confiante TAMBÉM e eu ouço quando to de saco cheio e quero dar uma aliviada no ‘stress’ a respeito de relacionamentos. Quem sabe das histórias, sabe do que se trata! Haha!

She will be loved

“I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved.

Tap on my window, knock on my door
I want to make you feel beautiful
I know I tend to get so insecure
It doesn't matter anymore”

Okay, nem preciso dizer que essa música é perfeita, né? É o que toda garota sonhadora e idiota (haha, desculpem. Me considero assim.) sonha em ouvir da pessoa que gosta. Linda. *-*


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Tá, foi um post totalmente idiota e sem sentido. Mas eu precisava colocar isso em algum lugar, haha.
A ordem não é de preferência, eu juro. :x E sim, todas as músicas que me perseguem são do Maroon 5. Estranho, não? oO

Beijo, beijo! :*

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Viver

Engraçada essa tal de felicidade instantânea. É uma coisa que vem de dentro e não tem como explicar! Vem de maneira natural, incrível, gostosa. Rir de qualquer coisa, sentir-se de bem consigo mesmo e estar de bem com o mundo. O dia fica mais colorido, o vento frio do outono é facilmente confundido com uma brisa fresca de verão, até o cheiro do ar fica diferente. Como se todo aquele monóxido de carbono liberado dos escapamentos do tão típico congestionamento de São Paulo se tornasse um aroma especial, e todas aquelas buzinas e barulhos de vozes altas e enfezadas se tornassem melodias para nossos ouvidos. Ser livre, ser liberto de preconceitos, permitir a felicidade a si mesmo.

Eu queria que todos pudessem se sentir como me sinto nesses dias especiais, esses dias em que as lágrimas se transformam em risos, esses dias em que o sorriso calado e reprimido transforma-se em um olhar sincero e alegre. O problema está em preocupar-se demais com o externo, com os olhares repressores de quem não tem coragem de ser quem realmente é.

Quer saber? Tornei-me cega aos que querem me cegar, calei-me para quem não merece mais que o silêncio. Eu canto, eu rio, eu danço, eu falo, eu grito, eu sou feliz. E a minha felicidade é o que mais importa para mim nesse momento. Quanto a quem não aceita toda essa felicidade, desejo que encontrem a própria, e então entenderão essa sensação maravilhosa que é viver.

sábado, 2 de maio de 2009

'Procure respostas'


Parada nesse corredor mal iluminado e deserto, tento lembrar o que eu procurava quanto comecei a pensar. Pelo menos hoje todos os momentos em que eu estava sozinha eram suficientes para me levar aos últimos acontecimentos, me levar a você. Eu acho que você não tinha essa intenção, ou talvez tivesse.

A verdade é que está tudo muito estranho pra mim. O vazio do corredor se encaixa muito bem com meu estado de espírito, e contrasta perfeitamente com o exterior. De certa forma, prefiro o barulho a esse silencio mórbido, as vozes altas impedem que eu ouça a minha própria, minha consciência. Nesse momento, a única coisa que minha mente grita para mim é ‘procure respostas’, e por mais que eu queira, por mais que eu procure, as respostas se escondem muito bem sob seu ar debochado e indiferente. E eu continuo procurando, feito uma tonta, como sempre.

O elevador parou no meu andar e me tirou do meu transe. O casal saiu de forma desajeitada, cheios de sacolas nas mãos. A moça tropeçou no degrauzinho do elevador e eu tive que abaixar a cabeça para disfarçar a risada. O rapaz a segurou antes que ela fosse ao chão, e eu imediatamente tirei o riso do rosto. Qualquer outro dia eu acharia isso lindo, uma prova de que eles realmente se gostam, levando em conta o olhar apaixonado que ela lhe lançava e como ele sustentava esse olhar com a mesma intensidade. Eles eram jovens – uns vinte e cinco anos no máximo -, e apaixonados. Sim, bem clichê, e contado por uma adolescente apaixonada, fica mais clichê ainda. Talvez não tivesse sido tudo isso, mas pra mim foi. Pra mim foi o retrato daquilo que nunca aconteceu comigo, da paixão correspondida que eu nunca tive. O fato era: Eles nem se preocupavam com a minha presença... E isso me fez pensar. Me fez pensar no tempo que eu perdi, no tempo que eu estou perdendo. Me fez pensar novamente em você e em como eu sou burra. Burra por não deixar transparecer quando preciso, e deixar estampado na minha cara nos piores momentos. Burra, burra, burra. Burra por gostar de você.

E, como uma fotografia perfeita, o seu rosto me veio à mente. Incrível como em tão pouco tempo eu memorizei cada expressão sua, cada olhar, cada sarda discreta. Tudo. E de mim, o que você memorizou? As palavras de afeto? Os gestos de carinho? Ou simplesmente nada?

Um barulhinho agudo e eu meu olhar perdido se focou novamente. Olhei para o lado: corredor vazio de novo, o silencio irritante foi interrompido pelo trancar de porta do apartamento vizinho. Chaves! Era isso! Um pouco óbvio, já que eu estava na porta da minha casa, que eu estivesse pensando em pegar minhas chaves antes de você tomar minha mente e me deixar sem rumo.
Peguei-as, mas não entrei no apartamento. Até que aquele corredor vazio e mal iluminado servia pra alguma coisa e ouvir minha consciência – apesar dela ser tão confusa quanto todo o resto -, não era tão ruim. Sentei no chão. Eu teria que pensar nisso uma hora ou outra, afinal. Pensei, pensei, pensei. Revirei minhas lembranças procurando algum vestígio, algum sinal. E tudo é muito vago.
‘Os olhos são as janelas da alma’, eu sempre ouvi. Mas como procurar no seu olhar as respostas pras minhas suspeitas se quando olho pra eles tudo que vejo é um grande vazio?

Você é um mistério pra mim, saiba disso. Talvez seja isso que me mova, talvez sejam os seus olhos distantes, seus olhares vazios e, ao mesmo tempo, cheios de uma intensidade inquietante, o motivo de eu acordar todos os dias. E quanto mais eu penso neles, mais eu percebo o quanto eu perdi. Por medo, insegurança, ou qualquer sentimento escondido no meu eu mais profundo que eu ainda não descobri. Eu te perdi, porque sinto que em algum momento eu realmente tive você. E a culpa de eu não conseguir continuar com a minha vida e te esquecer é só sua. Por você ser uma pessoa tão incrivelmente imperfeita e demonstrar uma personalidade marcante. Por você ter seus momentos maduros e imaturos, por ser carinhoso e rude ao mesmo tempo. Por você ser você, e isso basta.

Como um gesto de fuga, de impaciência e indignação, enfiei a chave na fechadura com uma raiva desnecessária.
Precisamos acabar com isso, precisamos parar. E, mais do que eu, você precisa parar.