sexta-feira, 27 de abril de 2012

baby.


Há pelo menos dois anos eu tranquei meu coração – e eu sei o quanto isso soa piegas e clichê, mas esse é o tipo de detalhe que não tem relevância alguma. O caso é que, tendo trancado meu coração e jogado a chave fora, não sei como essa chave que você possui na sua voz e nas suas palavras foi capaz de destrancá-lo. Não sei nem se você sabe tudo que fez, mas fez mesmo assim. E foi entrando devagar, trazendo um pouquinho de você pra mim, levando um pouquinho de mim consigo, ocupando os cômodos e me enchendo de vida, fazendo casa no meu peito e lar nas minhas orações.

Eu quis todo esse tempo - que parece ter sido um segundo, ou o fragmento de algo que eu nunca tive, na verdade -, poder dividir com você tudo que eu nunca dividi com ninguém, e te entregar verdades minhas e destruir todas as mentiras. Quis que você enxergasse através do meu sorriso, e quis carregar o peso de ser você nas minhas próprias costas, porque você merecia sorrir. Eu queria que você fosse todas as minhas primeiras vezes e queria ser todas as suas segundas chances.