sábado, 18 de setembro de 2010





Tudo o que eu sei é que era uma festa e que provavelmente tocava música. As pessoas em volta saíram como um borrão bem disforme e desconexo, menos eles. Aqueles dois se abraçavam no meio de toda aquela gente e não acompanhavam ritmo nenhum, só o deles. Eles se beijavam carinhosamente, as mãos dele na cintura dela e as dela nos ombros dele. Eles não dançavam. Eles só estavam ali querendo não estar, querendo qualquer outro lugar sem ninguém pra atrapalhar, em que um pudesse dizer ao outro o quanto se amam. Sem barulho, sem danças, sem ninguém em volta pra atrapalhar. Não que eles se incomodassem com as pessoas – não, naquele momento tudo que importava era olhar um nos olhos do outro e dizer, mesmo que sem falar nada, que o amor que eles sentem é maior do que tudo que eles já imaginaram sentir um dia. Porque no final das contas é isso, não é? "Eu e você, você e eu." E o mundo todo pra assistir.

Um comentário: