Eu ando rápido. Meu passos não são tão ritmados quanto antes, eu tenho caminhado fora da música. E as palavras, por mais sentido que façam, não tem mais soado na minha cabeça como sentimentos disfarçados. Porque sabe, eu tenho pressa. Na minha espera paciente de um futuro ideal, eu perdi tempo, muito tempo. E hoje isso pesa. É um mundo cheio de ilusões despedaçadas me empurrando pra baixo, me mostrando todos os dias que o que a gente vive não é um sonho maluco com aquele toque imperceptível, mas extremamente decisivo, do destino. Não, isso não existe. A minha caminhada foi, por muito tempo, numa reta infinita e pedregosa, e eu ia de olhos fechados esperando mais surpresas da vida. E eu caminhava sozinha. Hoje a maior surpresa foi ter chegado a uma bifurcação. E eu abri meus olhos.
Hoje eu vejo que valeu a pena. E caminho de mãos dadas.
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