Você tem fogo? Tenho. Acende pra mim. Você tem
certeza? Nunca te vi fumando. Tenho, acende logo. Não sei, não gosto dessa
ideia de você e cigarros. Você não vai acender, então? Não. Ok, me dá o
isqueiro aqui. Você sabe que o problema não é quem acende. Sei, o problema é
quem fuma. Mas eu preciso disso. Por quê? Porque dói, e cigarro parece
anestesiar tudo. Me dá essa vontade de fechar os olhos e simplesmente não
pensar em nada além da fumaça saindo da boca. Porque me ajuda a fugir. Você
sabe que não pode fugir pra sempre, né? Sei. Mas, por enquanto, só me empresta
a droga do isqueiro.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
baby.
Há pelo menos dois anos eu tranquei meu coração
– e eu sei o quanto isso soa piegas e clichê, mas esse é o tipo de detalhe que
não tem relevância alguma. O caso é que, tendo trancado meu coração e jogado a
chave fora, não sei como essa chave que você possui na sua voz e nas suas
palavras foi capaz de destrancá-lo. Não sei nem se você sabe tudo que fez, mas
fez mesmo assim. E foi entrando devagar, trazendo um pouquinho de você pra mim,
levando um pouquinho de mim consigo, ocupando os cômodos e me enchendo de vida,
fazendo casa no meu peito e lar nas minhas orações.
Eu quis todo esse tempo - que parece ter sido
um segundo, ou o fragmento de algo que eu nunca tive, na verdade -, poder
dividir com você tudo que eu nunca dividi com ninguém, e te entregar verdades
minhas e destruir todas as mentiras. Quis que você enxergasse através do meu
sorriso, e quis carregar o peso de ser você nas minhas próprias costas, porque
você merecia sorrir. Eu queria que você fosse todas as minhas primeiras vezes e
queria ser todas as suas segundas chances.
Assinar:
Postagens (Atom)